sexta-feira, 27 de maio de 2011

O MAL E SUA IMCOMPLETUDE.

"O mal que é o contrário do bem transcedental, consiste, para um ser, na privação de um bem que lhe toca. É uma falta ou uma deficiência de ser. Estes termos de privação, falta e deficiência, servem para marcar que se trata, não da ausência pura e simples de uma perfeição qualquer,mas da ausência de um bem necessário à integridade de um dado ser." Régis Jolivet

Deste trecho de texto podemos concluir que a integridade do ser é o bem. Allan kardec, pergunta sobre a destinação de todos os seres criados por Deus, ao que os espíritos superiores responderam ser o bem, a destinação de todos os seres da criação.
Mas esse ser incompleto é também amorfo. Pois a forma só se expressa quando completa. Quando no Gênesis, diz-se que Deus nos criou "à sua imagem e semelhança" e mais adiante no Novo Testamento, Jesus afirma:-só meu Pai é bom; percebemos a essência do bem.
A do mal, fica expressa na figura de Lúcifer, que de anjo do Senhor ,caiu nas desgraças do egoísmo e da vaidade pessoal, representando bem essa dicotomia.
Completo e íntegro, só o bem o é.
E quem almeja sê-lo, começa a completar-se, em ações pequenas, mas que já orientam, uma unidade futura na estrutura do ser.
Por isso a nossa necessidade da Caridade, ela não só torna as relações humanas mais justas, mas é ela que nos fará seres humanos integrais.
" A Caridade é contrária ao egoísmo",este está representado na figura do anjo Lúcifer que questiona o porque de estando tão perto de Deus, não poder ser igual a Ele. Além do mais o egoísta rompe com a mais importante e delicada nuance psicológica. O egoísta só se refencia em si mesmo,mas de maneira incompleta e desnorteada.
Para sermos bons,precisamos nos reconhecer a nós mesmos e conhecermos os contornos que definem nossa personalidade, senão como realizarmos um empreendimento tão expressivo se não conhecemos o campo que deverá ser restaurado?
O grande desafio será, para todos os que desejamos ser bons, auto-investigaçaõ profunda, para definirmo-nos como indivíduos, sem alienarmo-nos na nossa própria imagem, que enquanto for incompleta não poderá ser a semelhança do Criador, que é a expressão absoluta da verdade e do bem.