sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

SEMENTES

"...não poderia entregar-lhe a colheita de luz que lhe era própria; contudo fornecia-lhe valiosas sementes, para que ele as cultivasse como bom lavrador."

Metáforas sempre nos ajudam no entendimento. Como nos benefificiar da colheita de esforços de outros lavradores?Não temos como aquilatar a importância do que recebemos, se desconhecemos o esforço empregado no cultivo dos alimentos,e se o recebemos ,usamo-os frouxamente,abusamos ,desperdiçamos deixamos que se deteriorem guardados em algum vasilhame de pouco uso.Já a semente dada, observem que fenômeno interessante,pode se tornar em algo feito totalmente por nós,da escolha primeira de sua melhor localização no terreno de nossas realizações pessoais,ao fenômeno fascinante de sua germinação e posterior transformação. Enfim sementes são possibilidades...o que é possível ser feito à semente recebida?Quais possibilidades ela encerra?Primeiro é preciso conhecer a semente que lhe foi dada para saber onde e como cultivá-la.Nada aliás mais óbvio,imaginem querer que um pequeno vaso possa encerrar e desenvover a nobre semente da jaqueira?Já destinar extensa gleba de terra para cultivar poucas sementes de rasteira gramínea?Então a necessidade de conhecimento do presente recebido e da melhor aplicabilidade é fator essencial e imprescindível a nossa futura colheita.Tudo isso feito, observemos os procesos naturais para o desenvolvimento da semente ,primeiro é preciso o isolamento na obscuridae da terra para acordar todas possibilidades guardadas no gérmen dessa semente,depois os cuidados diários e adequados,a proteção do sol causticante ,um eventual adubo aplicado na hora mais propícia para ajudar no crescimento,(fora do tempo o adubo desidrata e cresta a tenra e pequena semente),eis que ela germina e um várias possibilidades se expressam. As primeiras folhas?Sempre fascinantes,mas não nos detenhamos nelas, virão outras que mostrarão a verdade que a semente agasalhava em silêncio.Se devidamente cuidada logo veremos nosso esforço,tornar-se em abundância e beleza,alimentando o corpo e alma.E o que a realização de seu projeto inicial faz pelos outros, não é nada se comparado ao que essa realização faz pela semente,enfim ela se realizou,cumpriu o propósito que lhe estava destinado.Para quê ela haveria de ser semente ,senão para se transformar?Sementes que não se transformam,já foi dito por Jesus, devem ser lançadas ao monturo. O que espera a semente que foi para o monturo?Faltar-lhe-á quase tudo,mas não faltará a propria lei de transformação atuando nela através do atrito com outras formas diferentes das suas,a transformação do sol e da chuva,e fatalmente por não ter se tornado apta à germinação, se dissolverá em suas referências pessoais e se transformará em adubo, recomeçando a longa trajetória Darwinista da evoluçao.
Cabe perguntar no fragor desse clima do advento do Cristo:_Que tipo de sementes somos?As destinadas a matar a fome e a forrar o chão de beleza ,ou as destinadas a adubar o chão onde vicejam os que se decidiram humildemente a brotar e conhecer nas manhãs, o doce toque do sol?
Possamos avaliar nossas posturas pessoais e perceber onde estamos e o que nos cabe fazer.

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